3 de fev. de 2011

Comunicado oficial de Dom Luiz sobre as enchentes no Rio de Janeiro

Ainda estão gravadas na memória de todos nós as imagens de devastação e pavor causadas pelos deslizamentos, enxurradas e enchentes que flagelaram particularmente a região serrana do Rio de Janeiro.


A dor e a desolação de nossos irmãos, que assim perderam seus entes mais queridos, suas residências e seus bens, suscitaram em nossas almas esse sentimento tão brasileiro de comiseração, de piedade e de ajuda. De todo o Brasil, começaram a afluir para a região sinistrada auxílios dos mais diversos.

Nos primeiros momentos desta tragédia, o anseio veemente de meu coração pesaroso era poder de alguma forma levar a todos esses atingidos o consolo material e sobretudo espiritual de que mais necessitavam naqueles instantes, mitigando de alguma forma a dor que em diversos modos e graus os atingia. Motivo pelo qual, antes de mais, devotei minhas preces a Deus Nosso Senhor a rogar pelo eterno descanso dos falecidos e pelo conforto de todas as vítimas desta catástrofe natural, potencializada infelizmente por certo descaso humano. Seguindo o exemplo de meus maiores – e recordo aqui com afável emoção a figura determinada e bondosa de minha bisavó a Princesa Isabel – era também meu desejo poder fazer chegar a esses brasileiros uma ajuda material que de alguma forma lhes servisse de amparo e lhes proporcionasse ânimo para um reerguimento.

Ao comunicar estes meus anseios aos que comigo convivem mais de perto, foi possível, graças à diligência e operosidade de devotados monarquistas, organizar a coleta de alimentos, roupas e bens de primeira necessidade. Desde já, um caminhão com três toneladas destes bens, fruto da generosidade desprendida de tantos, partirá do interior do Estado de São Paulo, no próximo dia 31 de janeiro, rumo à região atingida. Meu irmão, o Príncipe Dom Antonio – diante da impossibilidade de eu o fazer pessoalmente – se encarregará, em nome da Família Imperial, de liderar o grupo de voluntários que fará a entrega desses bens. Nesta hora, a Família Imperial sente-se especialmente unida no sofrimento, mas também no cristão sentimento de esperança, a todos aqueles física ou moralmente feridos por tão calamitosos eventos.

Rogo, pois, a Nossa Senhora Aparecida, Rainha e Padroeira de nossa Nação, que vele por todos maternalmente e faça o Brasil reerguer-se do impacto destes flagelos naturais que o atingiram, bem como dos flagelos morais que vão dilacerando nossa sofrida sociedade.

Dom Luiz  de Orleans e Bragança - Chefe da Casa Imperial Brasileira

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