Foto: ilustrativa sem valor comercial retirada da internet |
A todo o momento se ouve falar de
pessoas que praticam crimes contra mendigos por pura diversão. Foi assim na madrugada
de 20 de abril de 1997, onde cinco jovens de classe média-alta de Brasília atearam
fogo no índio Galdino Jesus dos Santos enquanto este dormia numa parada de
ônibus na Asa Sul. Galdino morreu horas depois em consequência das queimaduras.
O crime causou protestos em todo o país. Se jovens rebeldes
sem causa são capazes de cometer esse tipo de barbaridade contra outros seres humanos, o que dizer, então, do que eles não são capazes de fazer
com os animais?
Ato de crueldades praticado por
pessoas insanas contra animais indefesos também parece não ter fim. Na noite da última terça-feira (06|08), por
volta das 22h, uma cadelinha que tentava atravessar a pista em frente à ponte
das Garças, no Lago Sul, foi atropelada de propósito por um motorista que vinha
em alta velocidade. Mas por quê de propósito¿ Porque ele, ao invés de diminuir
a velocidade, fez foi jogar o carro em cima dela que se encontrava parada
próximo ao meio fio. Se o atropelamento tivesse sido acidental, teria parado o
carro e prestado algum tipo de socorro a ela, mas não foi isso o que aconteceu.
Ivonildo Di Lira, que na ocasião
passava de carro no sentido contrário da pista testemonhou a maldade praticada
contra o animal e, pelo impacto da batida, pensou que o mesmo tivesse sido
morto. Mesmo assim, deu meia volta e correu atrás do meliante, que se evadiu do
local do crime em direção à Asa Sul. Como o outro automóvel era muito mais potente
do que o dele, não deu para alcança-lo. Mas acredita se tratar de um jovem
riquinho do Lago Sul. “Tudo aconteceu muito rápido e não deu para ver quem
realmente estava ao volante e nem para anotar a placa. Agi por impulso e não
pensei nas consequências quando fui atrás da pessoa que fez isso com a
cadelinha”, afirmou ele, indignado.
Providências que foram tomadas
Ao retornar minutos depois ao
local do atropelamento Lira descobre que a cadelinha, na verdade, pertence a um
lavador de carro e que a mesma se chama Al-Qaeda. Apesar de está com a coxa do
lado esquerdo quebrada e bastante machucada, não tinha como conseguir, naquele
momento, um veterinário que pudesse cuidar dela e o jeito foi deixar para o dia
seguinte, quando foi atendida pela médica veterinária Marina, dona de uma pet
shop no Lago Sul. A consulta e os medicamentos foram pagos pelo Lira. “Qualquer
pessoa de bom coração também teria feito o mesmo para salvar a vida dela”,
disse
.
De acordo com a Dra. Marina, a Al-Qaeda
irá sobreviver e que dará, dentro do possível, toda assistência possível a ela,
até que fique completamente recuperada. “A pessoa que faz isso com um animal
não se pode esperar nada de bom dela. É muita maldade no coração”, desabafou.
Lira só tornou público esse
assunto porque, segundo ele, para servir de alerta aos donos de animais de
estimação que, muitas das vezes, os deixam soltos por aí e também para mostrar até que
ponto uma pessoa sem Deus é capaz de chegar, e não porque quisesse tirar alguma vantagem pessoal da situação.