Ouço muitas pessoas
dizerem que odeiam falar de política e dos políticos por serem, segundo elas, todos
corruptos. Mesmo não concordando com esse tipo generalização, sempre respeitei
a opinião de quem pensa assim, por entender que o erro não está na política e
nem nos políticos em si, mas no sistema de governo adotado pelo o Brasil. E por
mais boa vontade que eu tenha em esclarecer isso, não conseguirei, com as
minhas próprias palavras, explicar, de maneira clara, o obvio. Mesmo assim procurei entender o que se
passou na cabeça de milhões de brasileiros que foram para as ruas protestar, no
mês de junho de 2013, contra a corrupção e todo tipo de falcatruas
praticadas por pessoas inescrupulosas. Apesar das manifestações populares, o problema continua. Mas por quê? Afinal de contas, qual é o sistema de
governo adotado atualmente no Brasil que favorece esse tipo de coisas? Por acaso vocês já ouviram falar de
Ineptocracia? Se não ouviram, esse é o momento ideal para entender, pelo menos
em parte, o significado da corrupção no Brasil e a natureza do pibinho, criticado
pelos economistas.
Ineptocracia:
um sistema de governo onde os menos capazes de liderar são eleitos pelos menos
capazes de produzir, e onde os membros da sociedade com menos chance de se
sustentar ou ser bem-sucedidos são recompensados com bens e serviços pagos pela
riqueza confiscada de um número cada vez menor de produtores.
Essa definição nos
remete automaticamente à descrição feita pela filósofa russa Ayn Rand:
Quando você perceber
que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando
comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores;
quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que
pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são
eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é
recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá
afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.
Que todos possam
refletir sobre isso e tirarem as suas próprias conclusões!
Ivonido Di Lira