O Homem não se auto justifica na Vida. É essa realidade que o leva à constante procura de um sentido perante o absurdo e a incerteza dos dias. Algumas questões tornam-se imperativas para uma abordagem ao problema do sentido e da existência:
Vale a pena viver? Qual o propósito do nosso existir? De onde vimos, nós e o mundo e para onde vamos?
Os conceitos da vida e do mundo são produto de factores religiosos e éticos herdados do processo de educação; a filosofia, neste assunto pode surgir como intermediário entre as teologias e a ciência. A primeira, partindo muitas vezes da "tradição" e da "revelação", especula sobre assuntos a que o conhecimento exacto não conseguiu até agora responder cabalmente.
Entre a teologia e a ciência existe uma zona nebulosa exposta aos "ataques" de ambos os campos: a filosofia: muitas das questões de interesse para espíritos especulativos são de uma índole a que a ciência não pode responder, e as respostas dogmáticas dos teólogos já não parecem tão seguras e convincentes como o eram no passado. O universo tem alguma unidade ou propósito? Ruma a alguma finalidade? Existem leis da natureza, ou acreditamos nelas devido unicamente ao nosso desejo inato pela ordem? Existe uma maneira de viver digna e uma outra que não o é? Estará a dignidade ligada à utilidade e inutilidade de cada ser? Existe um sentido para as coisas e para a vida? Vale a pena procurá-lo, mesmo que o tudo se mova "obrigatoriamente"" para a morte? Existe sabedoria, ou o que pensamos e falamos não passa de loucura? Procurar respostas para isto, percorrendo um caminho entre a religião e a ciência, é uma das tarefas da filosofia.
F.Lopes