17 de mai. de 2014

Moradores têm medo de aceitar emprego e perder o Bolsa Família, relata repórter




Beneficiários do Bolsa Família. Imagem: Reprodução
A segurança do Bolsa Família tem um significado tão forte para os moradores de Manari - como de muitos outros lugares no País - que rivaliza até mesmo com um emprego com salário bem mais alto. 

Quando o repórter do Estado estava na Secretaria de Assistência Social, uma mulher veio perguntar se, uma vez aceitando um emprego com carteira assinada no Espírito Santo, o seu cartão do Bolsa Família, que vence em breve, não seria renovado. O funcionário respondeu que sim. A mulher, que tem um filho, disse ao Estado que então provavelmente não aceitaria o emprego. "Depois volto e fico sem cartão", teme ela. "Não quero ficar sem o cartão." 

A mulher, que pediu para não ser identificada, disse que o salário oferecido era de R$ 700, para trabalhar de empregada doméstica. Ela recebe R$ 150 do Bolsa Família, e mais R$ 60 por mês como empregada doméstica em Manari - onde salários tão baixos são comuns. O funcionário contou que frequentemente as pessoas em Manari rejeitam empregos com receio de perder o Bolsa Família.

Lourival Sant'Anna
O Estado de S.Paulo

RECORDAÇÃO DE 1998: CONCURSO DA PRINCESA CATARINA





Ao consultar o meu acervo fotográfico me deparei com estas fotos aqui. Elas nos levam há 1998, ano em que foi realizado o concurso da Princesa Catarina no Parque de Exposições Agropecuárias de São Sebastião que contou, inclusive, com a presença do cantor Osvaldo Montenegro. 

O evento teve como objetivo promover as jovens de São Sebastião de maneira positiva no mundo da moda e, ao mesmo tempo, promover o entretenimento e lazer entre elas. Lembro-me, muito bem, que o palco, por ser pequeno, não comportava todas as meninas que iam desfilar e, por causa disso, tive que improvisar de última hora uma passarela feita com pedaços de madeira. 

Na entrevista que fiz com cada uma delas pude perceber sonhos para o futuro como por exemplo, concluir uma faculdade e ser modelo profissional. Se elas conseguiram ou não essas metas eu não sei mas, pelo o menos, tenho consciência de que fiz a coisa certa. Pena que, por causa de perseguição política da época, esse projeto não foi adiante. Mas eu tenho planos para retomá-lo a partir do próximo ano. 

LIRA