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A
todo instante vejo pessoas dizerem que odeiam falar de política por acreditarem
que todos os políticos são ladrões e farinha do mesmo saco. O que talvez essas
pessoas não estejam entendendo é que, quanto mais elas se distanciarem da política e dos
políticos, pior será. Ninguém, na
verdade, é obrigado a gostar de nada, mas saber o que eles estão fazendo na
condição de representantes do povo deverá ser sim, a obrigação de todo eleitor,
até mesmo para não se deixar ser enganado. Se de um lado têm as pessoas de bem que
não estão nem aí para ela, do outro, têm os oportunistas que fazem de tudo para
estarem no poder através da política. E, por incrível que pareça, eles
conseguem se eleger deputados e senadores graças ao voto do próprio povo.
O
erro persiste quando o eleitor deixa de votar numa pessoa conhecida da sua
cidade para votar em um candidato de fora só porque tem dinheiro, consegue
aparecer melhor nas pesquisas eleitorais e o outro não. Como ele não tem nenhum
compromisso com a cidade, desaparece, simplesmente, um dia depois da eleição, para
reaparecer quatro anos depois para tornar a pedir o voto dos eleitores. É um
círculo vicioso que se repete a cada eleição e o eleitor, desinformado, acaba
votando nele novamente. Depois vem as reclamações e decepções mais, aí, já é tarde demais para chorar pelo leite derramado.
Se
no meio político tem pessoas de má índole e corrupta tem, também, pessoas do
bem, que só não conseguem chegar ao poder porque não têm
como competir financeiramente com os representantes dos grandes cartéis da
capital. Não se pode generalizar e nem achar que todo mundo é igual. Por isso é
importante separar o joio do trigo e dar uma oportunidade a quem sempre lutou pela comunidade.
Da
mesma forma que os sindicatos, igrejas e empresários se organizam para eleger
os seus representantes, a população de São Sebastião também deve se organizar
para eleger o seu deputado distrital e federal, para ter voz tanto na Câmara
Legislativa quanto no Congresso Nacional. Mas para isso precisa focar em um
único candidato da cidade e esquecer os de fora porque, do contrário, vai ficar
mais quatro anos desamparada. Apesar da necessidade que temos de eleger um
deputado distrital, não significa, necessariamente, que temos que apoiar o
primeiro que aparecer só porque é morador da cidade. Tem que ser alguém com
chances reais de chegar lá e que tenha, além da ficha limpa, projetos e visão
de futuro.
.
Outra
coisa que poderá nos atrapalhar em 2014 é a pulverização dos votos. Um ano
antes das eleições os partidos políticos saem à caça de líderes comunitários com
aspiração política para concorrem por suas legendas, mesmo sabendo que a
maioria deles não tem a mínima chance de se eleger. Mas os votos deles servirão
para eleger quem realmente o partido quer que seja eleito, no caso, o
empresário ou o líder religioso que injetou grande quantidade de dinheiro na
legenda. É o pequeno enchendo o balaio do grande. Se esse artifício é ótimo
para os partidos, é péssimo para a cidade porque não consegue eleger ninguém! Os
eleitores não devem votar numa pessoa que se candidatou por vaidade pessoal ou
porque esteja fazendo o jogo dos partidos políticos, que precisam atingir o
coeficiente eleitoral a qualquer custo. Por isso é importante que São Sebastião
despeje os seus 55 mil votos em um único candidato da cidade para garantir, de
fato, a eleição de seu representante.
Ivonildo
Di Lira
Líder Comunitário de
São Sebastião
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