22 de mai. de 2013

LIRA FOI A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP, PARA CONHECER NOVOS MODELOS DE GESTÃO PÚBLICA QUE POSSAM SER APLICADOS EM SÃO SEBASTIÃO





São Sebastião, cidade satélite de Brasília, irá completar no dia 25 de junho, próximo, 20 anos de fundação e, pelo visto, os investimentos em infraestrutura e saneamento básico não acompanharam o crescimento da população que, a cada dia, está cada vez mais exigente.

Os jovens têm recorrido às redes sociais para reivindicar os seus direitos junto ao poder público no que diz respeito a asfalto, esgoto a céu aberto e segurança. É uma informação a cada click. O governo, por sua vez, tem tido dificuldades em acompanhar as demandas da comunidade por causa da velocidade com que essas informações chegam até ele.  Se de um lado os problemas existem, do outro, deve haver, também, a solução para os mesmos.

Essa tem sido a preocupação constante do líder comunitário Ivonildo Di Lira, que se deslocou de São Sebastião, DF, até a cidade de São José do Rio Preto, SP, com recursos próprios, para conhecer de perto novos modelos de gestão pública que sejam viáveis do ponto de vista político, econômico e social. Segundo ele, a falta de autonomia política e administrativa das cidades satélites faz com que a máquina fique emperrada, dificultando ainda mais a vida da população. "Brasília é uma cidade Estado onde o governador é, também, o grande prefeito, que às vezes não consegue ser nem uma coisa, nem outra, e os administradores regionais, meros colaboradores desse mesmo Estado", diz Lira, com conhecimento de causa.

Ivonildo Di Lira foi o presidente da Comissão Pró Independência que em 1993 lutou para conseguir a criação da Administração Regional de São Sebastião. Ele sabia que, depois de criada a RA, todas as benfeitorias como água potável, esgoto, asfalto e iluminação pública viriam naturalmente para a cidade. Mas ele, certamente, não contava com a burocracia e nem com falta de compromisso por parte de alguns governantes.  

Ao chegar em São José do Rio Preto, Lira, como é mais conhecido, ficou admirado com a limpeza do lugar e com a qualidade de vida da população. As ruas são todas asfaltadas, sem buracos, e com uma sinalização impecável. "Quando será que São Sebastião também vai ficar assim, tão linda e maravilhosa? Se São José do Rio Preto tem, atualmente, cerca de 600 mil habitantes e consegue investir em obras e, São Sebastião, com apenas 90 mil, não consegue, é porque tem alguma coisa errada", questionou, ele, ao fazer comparações entre as duas cidades.

As experiências adquiridas em São José do Rio Preto deu a Ivonildo Di Lira uma visão exata do que é hoje o Distrito Federal e, em especial, do que é São Sebastião que, com certeza, mudou o seu modo de pensar e de ver as coisas sobre a própria cidade. Ele também propõe a elaboração de um projeto que tenha como foco o desenvolvimento da região a partir da realidade atual. Se isso acontecer, diz ele, São Sebastião terá dado um passo adiante em relação às demais cidades satélites do Distrito Federal.

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