Uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) apresentada à Justiça em 2003 indica que um esquema muito semelhante ao do recente escândalo de corrupção no Distrito Federal, que envolve o governador afastado José Roberto Arruda, já acontecia no governo anterior, de Joaquim Roriz. É o que afirma reportagem exibida pela Globo News.
De acordo com a emissora, além de Roriz, entre os denunciados aparece Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e pivô do escândalo do DF. A diferença, diz a Globo News, é que os processos envolvendo Roriz não foram para frente e estão parados na Justiça até hoje.
A denúncia do Ministério Público sustenta que o ex-governador Joaquim Roriz usava de forma “reiterada, sistemática e permanente” recursos públicos na campanha eleitoral. E aponta indícios de que ele teria desviado R$ 13 milhões. Segundo o MPF, governo Roriz contratava empresas e repassava recursos para o pagamento de serviços que nunca seriam feitos.
Para justificar o pagamento, as empresas emitiam notas fiscais frias. Depois, essas empresas assumiam os gastos do comitê de campanha do então governador, que concorria à reeleição na época. Ainda de acordo com a reportagem da Globo News, o dinheiro pagou a construção de um estúdio de TV onde foram gravados os programas da campanha de Roriz.
Duas empresas suspeitas de participação nos crimes investigados pela operação Caixa de Pandora são mencionadas no processo contra o governo anterior: a Adler e a Linknet. Na ocasião, a Câmara Legislativa não deu autorização para a Justiça processar Joaquim Roriz. A emissora afirma que o assessor de Roriz, Paulo Fona, disse que não houve uso de recursos públicos na campanha eleitoral, tanto que processo semelhante foi arquivado no TSE.
Fonte: Uol Notícias
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