Antes mesmo do início da sétima legislatura da Câmara Legislativa do Distrito Federal(CLDF),distritais novatos articulam a formação de um bloco para garantir espaço de destaque — até mesmo a presidência — na composição da Mesa Diretora no próximo ano, cuja eleição ocorre após a posse em 1º de janeiro. O grupo de seis parlamentares tem se reunido desde a eleição e pretende caminhar unido em 2015.
A movimentação mostra que os calouros têm atitudes parecidas como os veteranos na forma de se articular para ganhar força. Esta semana, 10 dos 12 novos deputados que assumem o mandato em janeiro participaram de um curso rápido de formação na Casa para aprender, coma composição atual, como se trabalha no Legislativo. Tiveram aulas sobre os tipos de matérias e tramitação, além de composição de comissões e sobre o Regimento Interno. O bloco formado tem até nome: Amor por Brasília. Ele é o primeiro oficial a ser formado e conta com a participação de distritais declaradamente da base de apoio do futuro governador Rodrigo Rollemberg (PSB). A composição majoritária é de parlamentares com bases eleitorais evangélicas: Júlio César Ribeiro (PRB), Rodrigo Delmasso (PTN), Bispo Renato Andrade (PR) e Sandra Faraj (SD). Completam o grupo Luzia de Paula (PEN),que ocupou a atual legislatura como suplente,e Lira (PHS). Já estamos tratando antecipadamente da questão da eleição da Mesa Diretora. Estamos nos articulando e conversando como bloco. Pela quantidade de parlamentares,a expectativa é que a gente consiga relevância nas negociações.
Somos novatos com força e peso”, explica Delmasso. Ele acrescentou que, apesar do grupo fazer parte da futura base de Rollemberg, isso não indica que vão se alinhar a tudo o que o governo mandar votar. “Temos que fortalecer a autonomia do Legislativo”, discursa. Articulações Até agora, alguns nomes se apresentaram como pré-candidatos à Presidência da Câmara Legislativa. Os nomes de Celina Leão e Joe Valle, ambos do PDT, têm aparecido com maior destaque. Afinal, eles fazem parte do principal partido da base de Rollemberg com representação na Câmara Legislativa. O novato Professor Reginaldo Veras, também da legenda, explicou que as tratativas para a futura eleição têm sido feitas internamente. “Até agora houve muito burburinho. Mas não podemos ser precipitados. Creio que a decisão só vai sair aos 45 minutos do segundo tempo ou mesmo na prorrogação. Penso que é justo que a presidência fique com o PDT, que é o principal partido da base do futuro governo”, opinou. Outros nomes também têm se movimentado com o objetivo de ocupar a presidência da Casa. As articulações têm relação com deputados reeleitos como Dr Michel (PP), Robério Negreiros (PMDB), Agaciel Maia (PTC) e Cristiano Araújo (PTB).O problema para a maioria deles é que apenas o deputado do PP declarou apoio a Rollemberg e o futuro governador deve ter peso na definição da Mesa Diretora. Além disso,o PT, que elegeu quatro deputados e tema maior bancada, também deve ter peso na eleição. Dependendo do quadro, a legenda não descarta lançar um nome de oposição à cabeça da Mesa Diretora. Lira (PHS) Rodrigo Delmasso (PTN) Luzia de Paula (PEN)Sandra Faraj (SD).
Fonte: Correios Braziliensse.
