31 de dez. de 2013

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Prefeito de NY investiu, do próprio bolso, cerca R$ 1,52 bilhão na prefeitura e dispensou, ainda, salário R$ 44 mil. E se fosse aqui no Brasil?


O bilionário Michael Bloomberg deixará amanhã a Prefeitura de Nova York, após 12 anos de mandato, tendo gasto US$ 650 milhões (R$ 1,52 bilhão) do próprio bolso no período.


ISABEL FLECK
DE NOVA YORK


O valor, divulgado pelo "New York Times", foi usado pelo prefeito na promoção de suas políticas e em programas sociais e de assistência.

Uma outra grande parcela, no entanto, serviu para pagar bônus generosos a assessores e garantir que não só ele, mas sua equipe, sempre se hospedasse em bons hotéis e viajasse –mesmo para fora do país– em aviões particulares. Só em deslocamentos, ele gastou US$ 6 milhões.

Para as despesas de uma única viagem à China com assessores, Bloomberg tirou do próprio bolso US$ 500 mil.

Quando em Nova York, os funcionários também recebiam um agrado patrocinado pelo chefe: um café da manhã na prefeitura (com café, bagels e iogurte) e um almoço (com salada de atum, sanduíche de pasta de amendoim com geleia e salada de frutas). Valor total das refeições? Cerca de US$ 890 mil.

Os milhões do empresário ainda foram usados para atender a "caprichos", como a instalação e manutenção de dois aquários gigantes de peixes tropicais na prefeitura. O custo para manter os tanques limpos toda semana por 12 anos ultrapassou US$ 62 mil.

E Bloomberg não pode sequer ser criticado por usar em suas extravagâncias o salário de prefeito. Assim que assumiu o mandato, ele recusou receber os US$ 18.750 (cerca de R$ 44 mil) mensais do cargo –aceitando apenas US$ 1 dólar por ano.

Entretanto, não só com "extravagâncias" Bloomberg gastou seu dinheiro nos últimos 12 anos. Outros US$ 263 milhões foram doados a grupos culturais, organizações civis e artistas.

A "filantropia" do bilionário fez com que ele fosse apelidado pelo democrata Mark Green –que perdeu para ele a disputa pela prefeitura em 2001– de "Medici moderno", em referência à família italiana de mecenas do século 15.

Com US$ 5 milhões de sua conta, também foi renovada a residência oficial do prefeito, a Gracie Mansion, na qual ele escolheu não viver.



Quem irá usufruir da reforma é Bill De Blasio, seu sucessor.

Fonte: A Folha

2 de dez. de 2013

Nota de esclarecimento sobre a construção de albergue em São Sebastião




Tenho acompanhado atentamente todos os comentários contra e a favor da construção de albergue em São Sebastião e, apesar de também ter postado alguma coisa nesse sentido, venho, por meio desta Nota, esclarecer o seguinte:

A discussão em torno da construção desse albergue deveria ter acontecido antes da licitação das obras, através de reuniões com a comunidade e não através das redes sociais, depois do fato já consumado;

A Administração de São Sebastião é o órgão que representa, oficialmente, o GDF na cidade e, sendo assim, deve ter sido ela quem deu a autorização para que o mesmo fosse erguido naquele local;

Não estou contra os moradores de rua e nem contra a construção do albergue em si, mas contra o local indicado e como as coisas foram conduzidas porque, a meu ver, faltou diálago com a população, até mesmo para respaldar o governo no que diz respeito aos programas sociais;

 É justo que cada cidade cuide de seus moradores de rua e que dê a eles, além do amor fraterno, condições dignas de acolhimento e de sobrevivência. O que não pode é jogar a responsabilidade para outras cidades satélites com o intuito de se livrar do problema, seja por preconceito, seja por exclusão social. Como São Sebastião não tem moradores de rua, não é justo, agora, ter que arcar com um problema que não é seu. É por causa disso que grande parte das pessoas está contra o albergue; 

Eu, enquanto cidadão e morador desta cidade gostaria de saber, por exemplo, qual o perfil dos moradores de rua que virão para cá e quais são as políticas públicas de inclusão social do governo voltadas para eles;

O Estado precisa, sim, acolher os seus filhos que estão em situação de abandono mais, para isso, precisa se fazer entender pela sociedade em geral;

Não creio que a construção de um albergue na cidade vá desvalorizar os nossos imóveis, como também não creio que vá valorizá-los de alguma forma;

Reconheço que o GDF está desenvolvendo um excelente trabalho na área social, só que, até agora, essa informação não chegou ao conhecimento da maioria da população;

Apesar de ser contra a construção do albergue naquela localidade, condeno o uso político, o oportunismo e a promoção pessoal de alguns pré-candidatos em torno dela por entender que atrapalha mais do que ajuda e, de certo modo, poderá levar ao insucesso. Querer se promover politicamente às custas disso é, para mim, o mesmo que dar um tiro no próprio pé!;

As divergências pessoais e políticas não podem ser maiores do que os interesses da própria comunidade;

São Sebastião, DF, 02 de dezembro de 2013



Ivonildo Di Lira