31 de dez. de 2013

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Prefeito de NY investiu, do próprio bolso, cerca R$ 1,52 bilhão na prefeitura e dispensou, ainda, salário R$ 44 mil. E se fosse aqui no Brasil?


O bilionário Michael Bloomberg deixará amanhã a Prefeitura de Nova York, após 12 anos de mandato, tendo gasto US$ 650 milhões (R$ 1,52 bilhão) do próprio bolso no período.


ISABEL FLECK
DE NOVA YORK


O valor, divulgado pelo "New York Times", foi usado pelo prefeito na promoção de suas políticas e em programas sociais e de assistência.

Uma outra grande parcela, no entanto, serviu para pagar bônus generosos a assessores e garantir que não só ele, mas sua equipe, sempre se hospedasse em bons hotéis e viajasse –mesmo para fora do país– em aviões particulares. Só em deslocamentos, ele gastou US$ 6 milhões.

Para as despesas de uma única viagem à China com assessores, Bloomberg tirou do próprio bolso US$ 500 mil.

Quando em Nova York, os funcionários também recebiam um agrado patrocinado pelo chefe: um café da manhã na prefeitura (com café, bagels e iogurte) e um almoço (com salada de atum, sanduíche de pasta de amendoim com geleia e salada de frutas). Valor total das refeições? Cerca de US$ 890 mil.

Os milhões do empresário ainda foram usados para atender a "caprichos", como a instalação e manutenção de dois aquários gigantes de peixes tropicais na prefeitura. O custo para manter os tanques limpos toda semana por 12 anos ultrapassou US$ 62 mil.

E Bloomberg não pode sequer ser criticado por usar em suas extravagâncias o salário de prefeito. Assim que assumiu o mandato, ele recusou receber os US$ 18.750 (cerca de R$ 44 mil) mensais do cargo –aceitando apenas US$ 1 dólar por ano.

Entretanto, não só com "extravagâncias" Bloomberg gastou seu dinheiro nos últimos 12 anos. Outros US$ 263 milhões foram doados a grupos culturais, organizações civis e artistas.

A "filantropia" do bilionário fez com que ele fosse apelidado pelo democrata Mark Green –que perdeu para ele a disputa pela prefeitura em 2001– de "Medici moderno", em referência à família italiana de mecenas do século 15.

Com US$ 5 milhões de sua conta, também foi renovada a residência oficial do prefeito, a Gracie Mansion, na qual ele escolheu não viver.



Quem irá usufruir da reforma é Bill De Blasio, seu sucessor.

Fonte: A Folha

2 de dez. de 2013

Nota de esclarecimento sobre a construção de albergue em São Sebastião




Tenho acompanhado atentamente todos os comentários contra e a favor da construção de albergue em São Sebastião e, apesar de também ter postado alguma coisa nesse sentido, venho, por meio desta Nota, esclarecer o seguinte:

A discussão em torno da construção desse albergue deveria ter acontecido antes da licitação das obras, através de reuniões com a comunidade e não através das redes sociais, depois do fato já consumado;

A Administração de São Sebastião é o órgão que representa, oficialmente, o GDF na cidade e, sendo assim, deve ter sido ela quem deu a autorização para que o mesmo fosse erguido naquele local;

Não estou contra os moradores de rua e nem contra a construção do albergue em si, mas contra o local indicado e como as coisas foram conduzidas porque, a meu ver, faltou diálago com a população, até mesmo para respaldar o governo no que diz respeito aos programas sociais;

 É justo que cada cidade cuide de seus moradores de rua e que dê a eles, além do amor fraterno, condições dignas de acolhimento e de sobrevivência. O que não pode é jogar a responsabilidade para outras cidades satélites com o intuito de se livrar do problema, seja por preconceito, seja por exclusão social. Como São Sebastião não tem moradores de rua, não é justo, agora, ter que arcar com um problema que não é seu. É por causa disso que grande parte das pessoas está contra o albergue; 

Eu, enquanto cidadão e morador desta cidade gostaria de saber, por exemplo, qual o perfil dos moradores de rua que virão para cá e quais são as políticas públicas de inclusão social do governo voltadas para eles;

O Estado precisa, sim, acolher os seus filhos que estão em situação de abandono mais, para isso, precisa se fazer entender pela sociedade em geral;

Não creio que a construção de um albergue na cidade vá desvalorizar os nossos imóveis, como também não creio que vá valorizá-los de alguma forma;

Reconheço que o GDF está desenvolvendo um excelente trabalho na área social, só que, até agora, essa informação não chegou ao conhecimento da maioria da população;

Apesar de ser contra a construção do albergue naquela localidade, condeno o uso político, o oportunismo e a promoção pessoal de alguns pré-candidatos em torno dela por entender que atrapalha mais do que ajuda e, de certo modo, poderá levar ao insucesso. Querer se promover politicamente às custas disso é, para mim, o mesmo que dar um tiro no próprio pé!;

As divergências pessoais e políticas não podem ser maiores do que os interesses da própria comunidade;

São Sebastião, DF, 02 de dezembro de 2013



Ivonildo Di Lira

28 de nov. de 2013

Morador de rua brasileiro é homem, alfabetizado e tem parentes que moram na mesma cidade, revela pesquisa


Uma pesquisa encomendada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e divulgada nesta terça-feira (29), em Brasília, revela o perfil dos moradores de rua brasileiros. Os pesquisadores escolheram cidades com mais de 300 mil habitantes e saíram a campo entrevistando moradores de rua com mais de 18 anos de idade. A principal conclusão do estudo é que as pessoas em situação de mendicância são em sua maioria homens alfabetizados e jovens, que abandonaram suas casas por problemas com álcool ou drogas ou por terem perdido o emprego.

Uma equipe formada por 1.479 pesquisadores e assistentes sociais saiu a campo para entrevistar pessoas que habitam calçadas, praças, rodovias, parques, viadutos, postos de gasolina, praias, barcos, túneis, depósitos e prédios abandonados, becos, lixões, ferro-velho ou que pernoitam em instituições como albergues e abrigos. No total, foram ouvidos 31.922 pessoas, espalhadas por cidades médias e por quase todas as capitais brasileiras, com exceção de São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre.


Folha Imagem
Mendigo dorme no Largo São Francisco, no centro de São Paulo


Cada entrevistado respondeu a um questionário com cerca de 20 perguntas. A análise dos dados recolhidos revela que 82% da população de rua é formada por homens. Mais da metade (52%), têm entre 25 e 44 anos de idade. Quanto à raça, 39,1% se declararam pardos, 29,5% se disseram brancos e 27,9% se identificaram como negros. 


Do total de indivíduos pesquisados, 48,4% estão fora de casa há mais de dois anos. Dois em cada três (69,6%) dormem na rua, enquanto 22% costumam dormir em albergues ou outras instituições. Outros 8,3% costumam alternar, ora dormindo na rua, ora dormindo em albergues.


Surpreendentemente, as pessoas em situação de mendicância se revelaram escolarizadas. Do total, 74% sabiam ler e escrever e quase a metade (48,4%) disseram ter completado o ensino fundamental. 


Os principais motivos pelos quais essas pessoas passaram a viver e morar na rua se referem aos problemas de alcoolismo e/ou drogas (35,5%); desemprego (29,8%) e desavenças com familiares (29,1%).


A pesquisa põe em xeque a noção de que moradores de rua são pessoas que abandonaram suas cidades de origem e não mantêm nenhum vínculo familiar. Uma parte considerável (58%) se disse originária da mesma cidade em que se encontra ou de locais próximos. E mais: 51,9% dos entrevistados afiramaram possuir algum parente que residindo no mesmo município onde se encontram.


Entre os que já moraram em outras cidades, 45,3% se deslocaram em busca de novas oportunidades de trabalho. O segundo principal motivo foram as desavenças familiares (18,4%).


Questionados sobre o que fazem para sobreviver, 70,9% dos entrevistados disseram exercer alguma atividade remunerada. Apenas 15,7% revelaram que a sua principal fonte de renda são as esmolas. 


A pesquisa revelou que os moradores de rua em geral são pessoas saudáveis. Apenas um terço deles afirmou ter algum problema de saúde. A doença mais freqüente é hipertensão (10,1%), seguida por problemas psiquiátricos (6,1%) e HIV/aids (5,1%). 


Questionados sobre que tipo de discriminação sofrem por viver em situação de rua, os entrevistados disseram que freqüentemente são impedidos de entrar em certos locais, tais como lojas, shopping centers e meios de transporte coletivo.


Com base nos dados levantados nessa pesquisa, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome diz que pretende elaborar políticas públicas para lidar com o problema da mendicância. A idéia é estabelecer um plano nacional para ajudar as cidades médias e grandes a combaterem o problema, e quem sabe reintegrar essas pessoas à sociedade. Em cada uma das 71 cidades pesquisadas, o total de pessoas em situação de rua gira em torno de 0,061% da população local.

Fonte: UOL Notícias

29/04/2008 - 10h10


25 de nov. de 2013

Campanha eleitoral de 2014 será cruenta e suja!



Nas Entrelinhas
Não faltam indícios de que teremos uma campanha eleitoral em 2014 duríssima, na qual as denúncias de corrupção protagonizarão o debate eleitoral, em lugar da discussão sobre as prioridades e os graves problemas do país — embora todo marqueteiro saiba que esse tipo de abordagem, no horário eleitoral, tira mais votos do que dá aos candidatos que a utilizam. O problema é que as chamadas mídias sociais ocupam cada vez mais espaço no debate político e, nelas, a campanha eleitoral já começou. Verdadeiros exércitos de blogueiros e internautas estão se formando para uma guerra virtual que promete ser cruenta e suja. E que pode também dar o tom da campanha nas ruas. ...

Nas eleições de 2010, já houve intensas campanhas eleitorais nas redes sociais, mas esse peso será muito maior agora. As manifestações de junho passado estão aí para mostrar do que as novas mídias são capazes, em termos de difusão de informações sobre os candidatos e suas respectivas campanhas. Não foi à toa que o Congresso limitou a propaganda visual nas próximas eleições. A grande incógnita é saber o poder de fogo das redes sociais com os eleitores. A maioria dos atores das manifestações recentes é avessa aos partidos políticos e, mais ainda, a quem está no poder. Os mais radicais e descontentes tenderão a votar nulo.

O epicentro dessa disputa nas redes está em São Paulo. O desfecho do chamado mensalão, que levou à prisão políticos e empresários, esquentou o debate. São paulistas os mais ilustres petistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470. Cumpre pena na Papuda o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O deputado José Genoino, ex-presidente do PT, que também estava lá, passou mal, foi hospitalizado e agora está em prisão domiciliar provisória, na casa de sua filha, em Brasília — ainda corre o risco de ter de voltar para cadeia.

O caso de Genoino, em razão de sua saúde frágil, provocou a emoção que faltava. Os petistas recuperaram a velha combatividade ao se digladiarem com a oposição nas redes sociais. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que executou as sentenças em pleno feriadão da Proclamação da República, virou o saco de pancadas dos autodenominados blogueiros progressistas, ao mesmo tempo em que é endeusado pelos oposicionistas.

O pau de aroeira também está cantando pra cima dos tucanos paulistas e seus aliados por causa do cartel de empresas do metrô dos trens, que teria atravessado as administrações de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comanda as articulações do PT visando a eleição do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para o governo de São Paulo. O presidente do PT, Rui Falcão, que é deputado estadual, organiza uma brigada de choque nas redes sociais para esse embate. É nesse contexto que novas denúncias surgiram na semana passada, mirando parlamentares que apoiam a reeleição do governador paulista e alguns de seus secretários.

A denúncia provocou uma nota de protesto do presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), pré-candidato a presidente da República, que ontem pediu o afastamento do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do presidente do Cade, Vinícius Marques de Carvalho, acusando-os de vazar um documento anônimo que serviu de base para a denúncia de suposto envolvimento dos políticos tucanos com o cartel do metrô e dos trens. “Essa nova operação remete à prática nefasta e habitual do PT de se utilizar de dossiês fajutos para denegrir adversários políticos. O caso agora é ainda mais grave do que o episódio dos aloprados de 2006, pois Simão Pedro, José Eduardo Cardozo e o presidente do Cade, Vinícius Carvalho, são figuras prestigiadas no PT”, acusa.

O ministro Cardozo se defende: “Qual é o papel do ministro da Justiça? É mandar apurar, com sigilo. Se não faço isso, prevarico”. Segundo ele, não há uso político do órgão: “O Cade vive hoje uma situação semelhante à da PF. Quando você investiga aliados, afirma-se que é um órgão que o ministro e o presidente não controlam. Quando você investiga adversários, fala-se que é instrumentalização”. Cardozo admitiu, porém, ter recebido o documento em fim de semana, em sua casa, em São Paulo, de Simão Pedro (PT), deputado estadual licenciado e secretário de Serviços da prefeitura de São Paulo.

Supõe-se que o parlamentar também tenha vazado o documento, depois de esquentá-lo, e que o ministro esteja protegendo o presidente do Cade, seu subordinado. Os delegados que apuram o caso dizem ter recebido o documento do Cade e não do ministro. Apesar da controvérsia, o fato é que os políticos citados na denúncia apócrifa terão muito trabalho para se explicar. Nas mídias sociais, esse tipo de tarefa será inglória. Há munição de sobra para os “virais sujos” da guerra nas redes.

“Não foi à toa que o Congresso limitou a propaganda visual nas próximas eleições. A grande incógnita é saber o poder de fogo das redes sociais com os eleitores”

Fonte: Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense - 25/11/2013

6 de nov. de 2013

Snowden foi um herói de nosso tempo!


A pedido de piauí, o historiador Perry Anderson – autor do artigo A pátria americana, publicado nesta edição de outubro – enviou os seguintes comentários a respeito das recentes revelações sobre a espionagem cibernética dos Estados Unidos.

“O fato de nenhum país ocidental ter ousado dar asilo a Snowden diz muito sobre a realidade da Pax Americana”


por PERRY ANDERSON

O artigo A pátria americana está voltado para a política interna dos Estados Unidos, não para a ordem imperial americana no exterior. Mas um feito distintivo do governo Obama tem sido o de apagar a fronteira entre essas duas esferas em um grau inédito. Sob Obama, foi criado um sistema global de vigilância que abarca implacavelmente tanto chefes de Estado estrangeiros – como os presidentes do Brasil e do México descobriram – quanto o mais humilde cidadão americano. Ao expor essa espionagem cibernética universal, Edward Snowden foi um herói de nosso tempo. O fato de que nenhum país ocidental – nem mesmo o Brasil, uma vítima desse sistema – tenha ousado dar asilo a Snowden é mais revelador das realidades da Pax Americana do que o orçamento militar dos Estados Unidos, que é maior do que os orçamentos combinados de todas as outras potências com alguma pretensão de ter um papel internacional.
Numa sequência de A pátria americana que será publicada no fim deste mês na New Left Review, eu discuto a atuação externa do Estado norte-americano desde os anos 1930. A seguir, adianto um trecho sobre o atual governo:
“O que distingue o governo Obama como uma nova etapa do Império Americano? Durante a Guerra Fria, a Presidência dos Estados Unidos acumulou poder discricionário num ritmo crescente. Entre a época de Harry Truman [1945-1953] e a de Ronald Reagan [1981-1989], a equipe da Casa Branca se multiplicou por dez. Hoje, o Conselho de Segurança Nacional – com mais de 200 integrantes – é quase quatro vezes maior do que era sob Richard Nixon, Jimmy Carter ou mesmo Bush pai. A CIA atua como um exército privado à disposição do presidente e, embora o tamanho da agência seja um segredo, ela também cresceu exponencialmente desde que foi criada em 1949. Desde os dias de John Kennedy, seu orçamento aumentou mais de dez vezes, de 4 bilhões de dólares em 1963 para 44 bilhões em 2005, em valores atualizados. As chamadas “declarações de promulgação” – objeções feitas por escrito pelo presidente no ato de assinatura de uma lei – agora permitem invalidar legislação aprovada pelo Congresso e que não é do agrado da Casa Branca. Atos do Executivo ao arrepio da lei são regularmente endossados pelo Escritório de Assessoria Legal do Departamento de Justiça, o mesmo que [no governo George W. Bush] providenciou memorandos defendendo a legalidade da tortura. Mas mesmo esse grau de subserviência foi considerado insuficiente pelo Salão Oval, que criou sua própria assessoria para carimbar incondicionalmente tudo o que a Presidência decidir fazer.
Obama herdou esse sistema arbitrário de poder e violência e, como a maioria de seus antecessores, o ampliou. As operações Odisseia da Aurora e Stunext, o programa Prism e a campanha de assassinatos seletivos são da lavra do atual presidente: uma guerra [contra o líbio Muammar Khadafi em 2011] em que nem hostilidades chegaram a se configurar; um ataque de longa distância com um vírus eletrônico [ao programa nuclear do Irã]; a ampla espionagem de comunicações nacionais e estrangeiras; o assassinato de cidadãos americanos e estrangeiros. O Algoz-em-Chefe relutou até mesmo em abrir mão da prerrogativa de ordenar a morte sem julgamento de cidadãos dos Estados Unidos [acusados de atividades terroristas no exterior].
Ninguém pode acusar este presidente de não ter sentimentos humanos – as lágrimas pelas crianças mortas numa escola da Nova Inglaterra comoveram a nação; os apelos pelo controle do porte de armas foram convincentes para não poucos. Se muitas outras crianças, a maioria sem escolas sequer, morreram por suas mãos em Ghazni, no Afeganistão, ou no Waziristão paquistanês, isso não é motivo para a perda do sono presidencial. Os aviões não tripulados Predators têm a mira mais acurada do que armas automáticas, e o Pentágono sempre pode expressar pedidos de desculpas quando considerar conveniente. A lógica do império, e não a unção do governante, estabelece o padrão moral.” 

15 de out. de 2013

A REDE DE ESGOTO DE SÃO SEBASTIÃO PRECISA SER SUBSTITUIDA URGENTEMENTE PARA O BEM DA PRÓPRIA POPULAÇÃO


É lamentável o que está acontecendo atualmente em São Sebastião. A rede de esgoto está transbordando em vários pontos da cidade e a CAESB, pelo o visto, não tem dado conta de consertá-la em tempo hábil, seja por falta de investimentos, seja por falta de competência por parte de quem está à frente da pasta! A população, claro, tem todo o direito de reclamar, e com toda razão. Do jeito que está, muitos moradores poderão adoecer por causa da contaminação.

Eu, juntamente com alguns moradores do meu bairro, chegamos a protestar no ano de 2005 contra o tipo de material utilizado na rede de esgoto de São Sebastião mais, infelizmente, não fomos ouvidos. Agente sabia que a cidade ia crescer e que os canos de 100 mm não iriam suportar a demanda da população. O governo à época não nos ouviram e agora sofremos por causa de uma má administração pública.

Por outro lado, tem a falta de conscientização de alguns moradores, que jogam na rede de esgoto todo tipo de material, desde garrafa pet a fraldas descartáveis. Esse tipo de lixo, de alguma forma, acaba entupindo os "caninhos" que foram instalados há 18 anos!

Ninguém precisa ser vidente para saber que material ruim, quando usado em qualquer tipo de obra, não dura por muito tempo.

A solução, neste caso, será substituir toda a rede de esgoto de São Sebastião por outra mais moderna e que possa atender a demanda da população em caráter definitivo. E nos lugares onde ainda não têm saneamento básico, como por exemplo, o Morro da Cruz, Bela Vista e Capão Comprido, aplicar o mesmo procedimento. São obras caras, porém necessárias! Mas sem ter alguém na Câmara Legislativa para brigar por nós, na condição de deputado distrital, fica difícil de serem realizadas.


 L I R A

11 de out. de 2013

Universitário se recusa a fazer trabalho sobre Marx e escreve carta


Jovem diz que foi uma forma de protesto por universidade sem doutrinação.

Universidade na qual ele estuda não vai ser pronunciar sobre o caso.

Por Géssica Valentini
Do G1 SC, 02/10/2013
Um estudante universitário de Santa Catarina se recusou a fazer um trabalho sobre o cientista político e economista alemão Karl Marx e resolveu escrever uma carta ao professor do curso de Relações Internacionais e divulgar o conteúdo na internet.
A carta, segundo João Victor Gasparino da Silva, de 22 anos, foi uma forma de protestar. “Queria uma universidade com o mesmo espaço para todas as ideias e ideologias, sem proselitismo, sem doutrinação”, explicou. A Universidade do Vale do Itajaí (Univali), na qual o jovem estuda, disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
Segundo João Victor, que estuda Relações Internacionais, o pedido do professor foi para que os estudantes respondessem três questões sobre a teoria de Marx.
Ele contou que chegou a pensar em responder de forma neutra, mas mudou de ideia. “Algo me segurava, nem cheguei a considerar dar a minha opinião no trabalho. Até que veio a ideia da carta”, disse.
Conforme o estudante, o protesto não foi contra o professor, mas foi uma forma de demonstrar descontentamento em relação à academia. “Faz tempo que estou indignado com o que vem acontecendo em nosso país. Os meios acadêmicos e culturais cada vez mais fechados, os intelectuais de direita cada vez mais lançados ao ostracismo. Resolvi ser a voz de brasileiros que não encontravam espaço para se manifestar, seja por falta de meios, seja pelo próprio medo”, disse.
Ao escrever a carta, o estudante disse que já sabia que iria divulgar na internet, não seria apenas destinada ao professor da disciplina. “Uma amiga blogueira do Maranhão sugeriu divulgar na internet, ela se encarregou disso.Se nosso país realmente tivesse um meio acadêmico e cultural ideologicamente equilibrado, não seria tão necessária esta carta“, argumentou.
Confira abaixo a íntegra da carta

Caro professor,
Como o senhor deve saber, eu repudio o filósofo Karl Marx e tudo o que ele representa e representou na história da humanidade, sendo um profundo exercício de resistência estomacal falar ou ouvir sobre ele por mais de meia hora. Aproveito através deste trabalho, não para seguir as questões que o senhor estipulou para a turma, mas para expor de forma livre minha crítica ao marxismo, e suas ramificações e influências mundo afora. Quero começar falando sobre a pressão psicológica que é, para uma pessoa defensora dos ideais liberais e democráticos, ter que falar sobre o teórico em questão de uma forma imparcial, sem fazer justiça com as próprias palavras.
Me é uma pressão terrível, escrever sobre Marx e sua ideologia nefasta, enquanto em nosso país o marxismo cultural, de Antonio Gramsci, encontra seu estágio mais avançado no mundo ocidental, vendo a cada dia, um governo comunista e autoritário rasgar a Constituição e destruir a democracia, sendo que foram estes os meios que chegaram ao poder, e até hoje se declararem como defensores supremos dos mesmos ideais, no Brasil. Outros reflexos disso, a criminalidade descontrolada, a epidemia das drogas cujo consumo só cresce (São aliados das FARCs), a crise de valores morais, destruição do belo como alicerce da arte (funk e outras coisas), desrespeito aos mais velhos, etc. Tudo isso sintomas da revolução gramscista em curso no Brasil. A revolução leninista está para o estupro, assim como a gramscista está para a sedução, ou seja, se no passado o comunismo chegou ao poder através de uma revolução armada, hoje ele buscar chegar por dentro da sociedade, moldando os cidadãos para pensarem como socialistas, e assim tomar o poder. Fazem isso através da educação, o velho e ‘’bom’’ Paulo Freire, que chamam de ‘’educação libertadora’’ ou ‘’pedagogia do oprimido’’, aplicando ao ensino, desde o infantil, a questão da luta de classes, sendo assim os brasileiros sofrem lavagem cerebral marxista desde os primeiros anos de vida. Em nosso país, os meios culturais, acadêmicos, midiáticos e artísticos são monopolizados pela esquerda a meio século, na universidade é quase uma luta pela sobrevivência ser de direita.
Agora gostaria de falar sobre as consequências físicas da ideologia marxista no mundo, as nações que sofreram sob regimes comunistas, todos eles genocidas, que apenas trouxeram miséria e morte para os seus povos. O professor já sabe do ocorrido em países como URSS, China, Coréia do Norte, Romênia e Cuba, dentre outros, mas gostaria de falar sobre um caso específico, o Camboja, que tive o prazer de visitar em 2010. Esta pequena nação do Sudeste Asiático talvez tenha testemunhado o maior terror que os psicopatas comunistas já foram capazes de infligir sobre a humanidade, primeiro esvaziaram os centros urbanos e transferiram toda a população para as zonas rurais. As estatísticas apontam para uma porcentagem de entre 21% a 25% da população morta por fome, doenças, cansaço, maus-tratos, desidratação e assassinadas compulsoriamente em campos de concentração no interior. Crianças também não escaparam, separadas dos pais, foram treinadas para serem ‘’vigias da Revolução’’, denunciando os próprios familiares, quando estes cometiam ‘’crimes contra a Revolução’’. Quais eram os crimes? Desde roubar uma saca de arroz para não morrer de fome, ou um pouco de água potável, até o fato de ser alfabetizado, ou usar óculos, suposto sinal de uma instrução elevada. Os castigos e formas de extermínio, mais uma vez preciso de uma resistência estomacal, incluíam lançar bebês recém-nascidos para o alto, e apanhá-los no ar, utilizando a baioneta do rifle, sim, isso mesmo, a baioneta contra um recém-nascido indefeso.
Bem, com isto, acho que meu manifesto é suficiente, para expor meu repúdio ao simples citar de Marx e tudo o que ele representa. Diante de um mundo, e particularmente o Brasil, em que comunistas são ovacionados como os verdadeiros defensores dos pobres e da liberdade, me sinto obrigado a me manifestar dessa maneira, pois ele está aí ainda, assombrando este mundo sofrido.
Para concluir gostaria de citar o decálogo de Lenin:
1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
Obrigado, caro professor, pela compreensão.
Ass.:  João Victor Gasparino da Silva

6 de out. de 2013

Ideia de Jerico!





Tem político (Cara Pálida) sugerindo medidas paliativas para acabar com os congestionamentos em frente do balão da ESAF. A tal mão única nos horários de pico (a exemplo da estrutural) não vai funcionar por aqui porque, se de um lado resolve o problema, do outro, irá causar transtornos ainda maiores. 

Todos os motoristas que trafegam obrigatoriamente pelo o Lago Sul, sentido Ponte Costa e Silva e Ponte das Garças, nesses horários, vão sentir na pele o verdadeiro significado da palavra "engavetamento". Isso é o que chamo de ideia de gerico! É a mesma coisa, também, de cobrir um santo, para descobrir o outro!. 

O problema, afirmo, não está na Ponte JK, mas quando o motorista chega no Jardim Botânico e tenta entrar para dentro dos condomínios e não consegue por causa dos outros motoristas que vão para São Sebastião, Jardins Mangueiral, Jardim ABC, Gama, etc... É aí onde o bicho pega! Por isso a nossa luta em prol da construção de viadutos naquela localidade continua. L I R A

5 de out. de 2013

NOTA DE ESCLARECIMENTO POLÍTICO



Informo a todos os meus amigos e correligionários que depois de analizar a situação dos partidos políticos que decidi permanecer no PHS - Partido Humanista da Solidariedade ( o mesmo que concorri para deputado distrital em 2010) e que, através dele, irei concorrer novamente as eleições de 2014. Fui assediado por quase todos os partidos políticos mas que, ao final, optei em permanecer no PHS por ele ter uma ótima nominata e também para não correr o risco de fazer parte de um jogo de cartas marcadas! Uma decisão difícil, mas que eu tinha que tomar até o dia 05 deste mês. O que também reforçou a minha decisão de continuar no PHS foi a coerência política, no sentido de não trocar de partido assim como se troca de camisa. Fiz isso, também, em respeito, aos meus eleitores.

Quero aqui agradecer o Vice Governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli (PMDB), o Diretor do DFTrans Jornalista Antonio Campanella (PPL), a deputada Eliana Pedrosa (PPS), Deputado Distrital Evandro Garla (PRB), Dep Policarpo (PT), Dep Olair Francisco (PTdoB), Senador Gim (PTB), Senador Rodrigo Rollemberg (PSB), Ex governador do Distrito Federal Rogério Rosso (PSD), Célio Do Aquário (PDT), Dep Luiz Pitiman (PSDB) e, por último, ao deputado Agaciel Maia (PTC) que, direta ou indiretamente, me convidaram para eu ingressar em suas legendas. A todos o meu muito obrigado pela consideração e respeito que tiveram para comigo!

Estou com a minha consciência tranquila porque acredito ter feito a coisa certa! A maioria aqui deve saber que eu não sou rico e, mesmo precisando de muito dinheiro para a próxima campanha, não me vendi e nem me deixei levar por pressões políticas de quem quer que seja!

É melhor ter um pouco com Deus, do que ter o muito sem ele! Se for da vontade dele que eu saia candidato em 2014, Ele, com certeza, irá providenciar todos os meios possíveis para que isso possa acontecer e dar certo! Sei, também, que as janelas dos Céus irão se abrir e derramar muitas bençãos sobre mim e sobre a cidade de São Sebastião. Como também sei que será uma guerra entre Davi e Golias, mas que, ao final, Davi será o grande vencedor!

Cordialmente,

Lira

2 de out. de 2013

A decadência política de Marina Silva



BRASÍLIA - Independentemente do desfecho da novela de criação da Rede, Marina Silva só perdeu com o episódio. Além de poder ficar sem sua legenda, ela viu expostas contradições originadas na formação de sua imagem pública.

Marina tenta capitalizar desde 2010 a fama de uma "outsider" dada a gerenciar de forma horizontalizada, seja lá o que for isso, o sonho dos milhões que a apoiaram.
Só que esta hagiografia, calcada na narrativa da superação da miséria e no peculiar cruzamento entre ideologia "povo da floresta" e populismo evangélico, escamoteia o fato de que Marina é política de carteirinha.

A dinastia petista do Acre, de onde vem, é tão viciada quanto qualquer outra. A forma envergonhada com a qual lida com empresários revela mais sobre a tradicional simbiose público-privado da política do que possam fazer crer mil palavras de ordem.

Por fim, ensaia o papel de salvadora da pátria, "deus ex machina" da política. É personagem recorrente no Brasil, como Jânio e Collor não nos deixam esquecer.

O processo de criação da Rede explicita a dificuldade de convivência entre a verdadeira Marina e a musa idealizada dos sonháticos. As regras são ridículas? São, mas é o que temos hoje; cláusula de barreira é o nome da melhoria possível.

A Rede achou que seria possível montar um partido a partir de 500 mil curtidas no Facebook, e que o direito divino estaria a seu lado --a soberba de Marina em suas declarações é reveladora disso. Nesse sentido, o parecer negativo do Ministério Público vai ao ponto quando questiona a criação da sigla com fim exclusivo de eleger uma candidata.
Se a lei for levada ao pé da letra pelo TSE, o fracasso empurrará Marina ou ao exílio orgulhoso ou à lambança de fazer tudo o que prometia não fazer. Se for rasgada, a vitória a manchará com a pecha de que apelou ao jeitinho como todo mundo. Sonhar é fácil. Despertar, nem tanto.


IGOR GIELOW é diretor da Sucursal da Folha em Brasília

28 de set. de 2013

5ª Conferência das Cidades



PROPOSTAS GERAIS PARA O DISTRITO FEDERAL

Defendi, hoje, na Conferência das Cidades, os seguintes tópicos voltados para habitação:

1) Reabertura das inscrições do Programa Morar Bem;
2) Destinação de novas áreas habitacionais;
3) Que os programas habitacionais de interesse social priorizem moradias veticais;
4) Participação da sociedade civil na fiscalização , tanto nas obras em andamento, como nos empreendimentos entregues, em torno de quem efetivamente ocupa a habitação. 

Amanhã, dia 29|09, eles serão submetidos à plenária para aprovação final.

Estou participando dessa conferência na condição de delegado eleito em São Sebastião.

Estou fazendo a minha parte como morador.


Ivonildo Di Lira

25 de set. de 2013

Israel pode substituir todo dinheiro do país por transações com chip

 
Duas semanas atrás, o governo de Israel anunciou a criação de uma comissão que irá estudar formas de eliminar o dinheiro circulando no país. Segundo foi anunciado, seria a melhor maneira de impedir os cidadãos de sonegar impostos. O comitê será presidido por Harel Locker, diretor do Escritório do Primeiro-Ministro.
 
O dinheiro de papel seria substituído por transações eletrônicas, feitas com cartões de chip. Com as novas tecnologias, os bancos podem controlar quanto as pessoas tem em suas contas e quanto podem retirar. As empresas de cartão atuais registram quanto as pessoas gastam mas o governo não tem controle.
Os membros do grupo de estudo incluem a Polícia Federal de Israel, a Autoridade Tributária, a  Autoridade Governamental de Lavagem de Dinheiro e Terror, o Banco Federal de Israel e funcionários da Procuradoria do Estado, entre outros.
O consenso é que o dinheiro como é atualmente usado permite que as pessoas usem subterfúgios para fugir dos impostos. Não há como rastrear muitas das transações feitas em cash e utilizando “laranjas”. Em uma economia sem dinheiro, todos os registros são eletrônicos, e os impostos seriam cobrados em tempo real. Para a economia do país é uma questão muito mais confiável, já que taxas administrativas sobre as transações eletrônicas são comuns em Israel.
Funcionários no gabinete do primeiro-ministro justificam: “em todo o mundo, sabe-se que o dinheiro é um elemento-chave da economia ilegal e da lavagem de dinheiro. Ele permite a existência de uma grande diferença entre os rendimentos relatados e real… Ao eliminar o dinheiro vivo, será possível ampliar a base de tributação e prevenir a lavagem de dinheiro”.
O comitê não estabeleceu um prazo para a decisão final, mas o tamanho do país pode colaborar para que seja rapidamente implantado. Cédulas e moedas representam menos de 10% da economia dos países da zona do Euro e de 7% nos EUA, segundo o Banco de Compensações Internacionais, organização que reúne os bancos centrais do mundo.
Ano passado, a Suécia anunciou que estava criando um sistema de economia totalmente digital, baseado em chips especiais para smartphones. Eles seriam acessados pelas impressões digitais, como o que já está presente na nova geração de iPhones.
Oscar Swartz, fundador do maior provedor de Internet da Suécia, diz que um dos problemas é justamente deixar um “rastro” das transações.  “A pessoa deve ser capaz de gastar seu dinheiro sem ser rastreado o tempo todo”, diz ele, levantando a questão da privacidade.
Mas esse exatamente é um dos argumentos dos governos para abdicar do papel-moeda, a capacidade de identificar de onde o dinheiro está saindo e para onde vai.
A Inglaterra já tem um sistema em fase de testes, que funciona tanto em lojas quanto para pagamento de ônibus.  Na Ásia, o sistema “payWave” já é popular e acabou com o tempo de espera para pagamento em lanchonetes, postos de gasolina e cinemas, por exemplo. Basta passar com seu cartão com chip perto do caixa eletrônico e clicar um botão concordando com o desconto do valor em sua conta.
A dificuldade, por enquanto, é unificar pagamentos via internet, cartões de crédito e dinheiro vivo. Uma unificação do sistema parece ser o único caminho, mas a questão central é quem controlará a emissão desse dinheiro virtual, elemento básico da economia de um país.
Os especialistas em profecias há muito indicam que o cumprimento de Apocalipse 13:16 viria pela substituição do dinheiro por algum sistema eletrônico e biométrico, entendido assim: “A todos, os pequenos e os grandes e os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte (testa), para que ninguém possa comprar ou vender, se não aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome”. Com informações Israel National News, Inquirer e Independent.
Fonte: Coisas Judaicas

20 de set. de 2013

Em entrevista ao Jornal Daqui, Lira fala, de maneira direta, das suas preocupações com a cidade de São Sebastião


O entrevistado do Jornal Daqui desse mês é Ivonildo Di Lira ou simplesmente Lira, como é mais conhecido, de origem humilde, nasceu há 12 de abril de 1962, em São Rafael (RN) e, desde o ano de 1986, mora em São Sebastião - DF.

 Jornal Daqui: Desde quando você mora em São Sebastião e, do ponto de vista histórico, quais foram os principais acontecimentos da cidade?

LIRA:  Desde o ano de 1986, quando São Sebastião ainda era chamada de Agrovila e totalmente dependente do Paranoá. Vivíamos de pires na mão. Se quiséssemos um caminhão de cascalho ou qualquer outro benefício tínhamos que nos humilhar para o administrador de lá. Os ônibus da TCB só circulavam duas vezes ao dia, um no período da manhã e, o outro, no período da tarde. Era uma vida de muito sofrimento. Sem contar, também, que a população não dormia direito por causa da pretensão do GDF de construir a barragem do rio São Bartolomeu que, caso tivesse ido adiante com o seu projeto, teríamos saído daqui sem direito a nada, já que, para o governo, éramos todos invasores. Foi aí que tomei a iniciativa de criar a Comissão Pró Independência para lutar por uma administração própria e também para impedir a construção da barragem. Foram anos de luta, até que, em junho de 1993, por causa da pressão popular, o governo sancionou a Lei de nº 167/93, criando a Região Administrativa de São Sebastião – RAXIV, para alívio de todos os moradores.

Jornal Daqui: Depois de criada a RA-XIV, quais foram os principais problemas enfrentados pela população e o que foi feito para solucioná-los?

LIRA: Muitos! A começar pela falta de infraestrura, saneamento básico e moradia. Lembro-me, por exemplo, que tivemos que nos organizar em forma de associações de bairros para cobrar do governo as benfeitorias. Toda vez que o governador se fazia presente na cidade, lá estávamos nós, as lideranças comunitárias, com as nossas faixas e cartazes cobrando água potável, asfalto, iluminação pública e segurança. Problemas estes que até hoje não foram solucionados por completo por causa do crescimento desordenado da cidade. Fundei e ajudei a fundar diversas associações na comunidade, dentre elas, a Associação de Moradores do Bairro Vila Nova (AMVNO), Associação de Moradores do bairro Bela Vista e a Prefeitura Comunitária do Bosque, que serviram de instrumentos de pressão junto ao governo. Grande parte das nossas reivindicações foi atendida graças à união das lideranças comunitárias e, sendo assim, sinto orgulho de ter sido uma delas. O mote daquela época era: “um por todos e, todos por um”! Assim, dessa forma, conseguimos muitas coisas para a nossa cidade.

Jornal Daqui: Quais são as suas principais preocupações com a cidade de São Sebastião atualmente?

LIRA: São com as invasões e com os parcelamentos irregulares de terras públicas que fazem com que a cidade cresça de maneira desordenada e sem espaço para a instalação de equipamentos públicos como creches, escolas e hospital. Também tem o problema da falta de infraestrutura, saneamento básico e urbanização em bairros como o Morro da Cruz, São Gabriel, Bela Vista, Capão Cumprido, Vila do Bôa, Condomínio Itaipú e Residencial Vitória. A área rural é outro exemplo de preocupação, onde as estradas estão péssimas e, a exemplo da área urbana, também sofre com a falta de transporte. Os problemas, na verdade, sempre existiram e vão continuar existindo, independentemente de quem esteja à frente do governo. Mas se eles existem, deve haver, também, a solução dos mesmos e, para isso, se faz necessário que o governo invista consideravelmente em obras de pequeno e grande porte por toda a cidade. Os engarrafamentos em frente do balão da ESAF tende a aumentar cada vez mais, principalmente com o surgimento de novos bairros. A solução, neste caso, é a construção de viadutos e de galerias subterrâneas ligando o Lago Sul ao bairro Jardim Botânico.

Jornal Daqui: A sua luta pela moradia continua? E o que foi feito dos bairros Crixá e Nacional?

LIRA: A cobrança por moradia popular é muito grande e o governo, por sua vez, não tem acompanhado a demanda da população como deveria. Há 12 anos atrás eu tive a ideia de criar os bairros Crixá, Nacional e Dom Pedro II, voltados para os inquilinos de São Sebastião e para as polícias civil e militar mas, infelizmente, sofri todo tipo de perseguição por defende-los. E o governo anterior, ao invés de abraçar a ideia, fez foi doar as áreas destinadas aos bairros para chacareiros de Samambaia e para a Olaria Icena, de forma ilegal. Entrei na justiça contra o GDF com base na Lei de nº 401\2001. O atual governo publicou edital para contratar, por meio de licitação, a empresa que vai construir os prédios, através do programa Minha Casa, Minha Vida. As novas unidades habitacionais serão destinadas às famílias que ganham entre zero e três salários mínimos. Eu sempre deixei claro, nas minhas reuniões, que elas seriam entregues através da lista da CODHAB e não por meio de cooperativas. Estou com a minha consciência tranquila quanto a isso porque fiz e continuo fazendo a minha parte. Já o bairro Dom Pedro II foi implantado com o nome de Jardins Mangueiral, através do Programa Morar Bem, mas voltado para a classe média. Mas como as pessoas mais humildes precisam de um lugar para morar, se sentiram obrigadas a invadir área pública ou comprar lotes de grileiros, por falta de opção. E o governo, por sua vez, fez vista grossa e, agora, não lhe resta outra alternativa a não ser regularizar a situação dessas famílias. Eu sou a favor do direito à moradia, mesmo que essa moradia tenha sido adquirida de maneira irregular como, por exemplo, as que foram adquiridas no Morro da Cruz e Capão Cumprido. Por isso sou totalmente contra a derrubada de casas nessas localidades e, no que depender de mim, irei fazer de tudo para proteger os moradores.

Jornal Daqui: Você acredita que São Sebastião tem potencial para eleger um deputado distrital¿

LIRA: Sim, com certeza! Da mesma forma que os sindicatos, igrejas e empresários se organizam para eleger os seus representantes, a população de São Sebastião também deve se organizar para eleger o seu deputado distrital e federal, para ter voz tanto na Câmara Legislativa quanto no Congresso Nacional. Mas para isso precisa focar em um único candidato da cidade e esquecer os de fora porque, do contrário, vai ficar mais quatro anos desamparada. Apesar da necessidade que temos de eleger um deputado, não significa, necessariamente, que temos que apoiar o primeiro que aparecer só porque é morador da cidade. Tem que ser alguém com chances reais de chegar lá e que tenha, além da ficha limpa, projetos e visão de futuro. Outra coisa que poderá nos atrapalhar em 2014 é a pulverização dos votos. Um ano antes das eleições os partidos políticos saem à caça de líderes comunitários com aspiração política para concorrem por suas legendas, mesmo sabendo que a maioria deles não tem a mínima chance de se eleger. Mas os votos deles servirão para eleger quem realmente o partido quer que seja eleito, no caso, o empresário ou o líder religioso que injetou grande quantidade de dinheiro na sigla. É o pequeno enchendo o balaio do grande. Se esse artifício é ótimo para os partidos, é péssimo para a cidade porque não consegue eleger ninguém! Os eleitores não devem votar numa pessoa que se candidatou por vaidade pessoal ou porque esteja fazendo o jogo dos partidos políticos, que precisam atingir o coeficiente eleitoral a qualquer custo. Por isso é importante que São Sebastião despeje os seus 55 mil votos em um único candidato da cidade para garantir, de fato, a eleição de seu representante.

Jornal Daqui: Você foi o candidato de São Sebastião mais bem votado nas eleições de 2010 e, em relação a 2014, pretende se candidatar novamente¿

LIRA: Envolvi-me com a política porque, como líder comunitário, os meus poderes eram limitados e não tinha como fazer mais pela comunidade. Vi que, como deputado distrital, poderia fazer muito mais. Por isso é que entrei para o mundo da política. Eu não me candidatei nas eleições de 2010 por vaidade pessoal ou para fazer o jogo de partido político, mas por necessidade da própria cidade de ter um representante na Câmara Legislativa. Em relação a 2014, diria que a tendência natural é me candidatar novamente, até porque não tem nada que me impeça de ser candidato. Se a comunidade achar que devo disputar mais uma vez a vaga de deputado, farei isso com o maior prazer. Me sinto muito mais preparado agora do que em 2010.

Jornal Daqui: Quais foram as benfeitorias que vieram para São Sebastião a partir das suas reivindicações¿

LIRA: Na condição de líder comunitário lutei para conseguir vários benefícios para a cidade de São Sebastião como, por exemplo, a criação da Administração Regional - RA-XIV; CAIC Unesco; Parque de Exposições Agropecuárias; Área de Desenvolvimento Econômico - ADE/PRÓ-DF; Transferência dos moradores da Área de Risco para o bairro Residencial Oeste; Criação dos bairros Crixá, Nacional e Dom Pedro II (Jardins Mangueiral); 30ª Delegacia de Polícia; Complexo Vivencial e Esportivo de São Sebastião (Vila Olímpica); Inclusão dos bairros Bela Vista, Residencial Vitória e São Gabriel no PDOT, dentre outros benefícios. O desenvolvimento de São Sebastião tem ocorrido gradativamente, ano após ano e desde quando ela foi transformada em cidade, em junho de 1993, e não no curto período de 2007|2010, como erroneamente quer nos fazer acreditar o ex deputado da cidade.

Jornal Daqui: Qual é a sua opinião a respeito das manifestações divulgadas por meio das redes sociais¿

LIRA: A princípio, justa, e as autoridades precisam ouvir a vós que vem das ruas. Mas precisa ter foco! E não adianta fazer manifestações contra o governo ou até mesmo promover uma revolução no Brasil se quem está à frente usar de estratégias equivocadas e a maioria dos eleitores continuar votando em candidatos descompromissados com a própria comunidade. Para a elite dominante quanto mais faminto e desinformado for o povo melhor! Mas, com o surgimento da internet e das redes sociais, a massa que antes dormia desperta, agora, para uma nova realidade, onde ela mesma processa e divulga as suas próprias informações em questão de segundos, para o desespero de quem está à frente do governo.

Jornal Daqui: Quais são as suas considerações finais¿

LIRA: Sou uma pessoa simples, temente a Deus e, acima de tudo, respeitador.  Dediquei grande parte da minha juventude à própria comunidade de São Sebastião. Essa foi uma das missões que Deus me concedeu aqui na terra para ajudar o próximo. Me julgo um homem de visão e que, muitas vezes, me antecipei no tempo para debater questões humanitárias e ambientais como, por exemplo, o fim das armas atômicas, preservação de nascentes, rios e matas ciliares. Sou grato a todas as pessoas que, direta ou indiretamente, me apoiam nessa cidade. Tenho muitas ideias e projetos que, caso eu consiga colocar em prática, toda a cidade será beneficiada. Mas, para isso, irei precisar do apoio da população. Em outras palavras, São Sebastião precisa recuperar o seu nome e de alguém que, de fato, possa olhar para ela com carinho e dedicação.